A Defesa Civil se reveza em três turnos para fazer o transporte das famílias atingidas para os abrigos da cidade, com apoio do Exército e Marinha.
Segundo boletim da Agência Nacional de Água e Saneamento Básico, que monitora os níveis da hidrelétrica de Tucuruí, que gera energia a partir do rio Tocantins, a cheia já utiliza 96% da capacidade dos reservatórios de água da unidade.
"Na primeira quinzena de janeiro de 2022, as chuvas já superam 80% do esperado para todo o mês", afirma o órgão. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, as vazões devem permanecer acima do normal na região.
Na época, o Governo Federal precisou montar uma operação de emergência para deslocar as famílias para uma nova região da cidade, mais tarde denominada de Nova Marabá. Quando as enchentes cessaram, a maioria das famílias retornou à Velha Marabá, para áreas periféricas habitadas até hoje.
Apesar das inúmeras tentativas de remanejar a população por parte de diversos poderes, os marabaenses resistiram às mudanças tanto em 1980 quanto em outras grandes enchentes, como as que aconteceram em 1926, 1973 e 1997.
A advogada Bruna dos Santos, também moradora na cidade, diz que há uma espécie de modo de vida ligado às enchentes na região e avalia que todas as tentativas de remanejar a população para partes de relevo mais alto continuarão frustradas.
Por: Tnh1
0 Comentários