Indígenas que acompanhavam o julgamento do "marco temporal" para demarcação de terras, nesta quinta-feira (2), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, celebraram e se emocionaram depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a tese.

O tema está em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF) há três sessões e, nesta tarde, foi suspenso, antes da apresentação do voto do relator, ministro Edson Fachin. A previsão é que o julgamento seja retomado no dia 8 de setembro.

Uma das mais emocionadas foi a cacique Culung Teie, do povo Xokleng Konglui do Rio Grande do Sul. Ela ajoelhou para agradecer em meio ao pranto durante a celebração do parecer da PGR.

"Me emocionei poque foi a luta do meu pai, cacique Vei-Tcha Teie, que começou a luta pela demarcação da nossa terra. Aqui estamos eu, filha, os netos, os bisnetos dele. Ele morreu há 2 anos, mas o espírito dele está presente. Meu pai entrou por essa porta [do STF] pra levar o documento da terra indígena. Ele se foi mas eu sigo aqui lutando", contou a cacique entre lágrimas.
























G1