Com 400 metros de comprimento, o navio Ever Given ficou encalhado diagonalmente em um setor do sul do canal devido a ventos fortes na manhã dia 23 de março, interrompendo o tráfego na mais curta rota de navegação entre a Europa e a Ásia.
Pouco depois das 15h15 (10h15 de Brasília), a embarcação finalmente foi colocada na direção do fluxo no meio do canal, com a popa e a proa liberadas. O desencalhe do navio foi comemorado com buzinaços dos barcos ao redor, enquanto o navio começava a subir lentamente na direção norte do canal.
O almirante Osama Rabie afirmou que "o canal funcionará 24 horas por dia depois que o cargueiro voltar a navegar". "Serão necessários três dias e meio para que todos os navios em espera atravessem o canal", disse Rabie ao canal Sadaa al-Balad. Ainda será preciso inspecionar a estabilidade do canal antes que o fluxo seja retomado.
Hoje mais cedo, a notícia de que rebocadores tinham conseguido mover a embarcação levou a uma queda no preço do petróleo bruto, já que parte da distribuição global da commodity acabou afetada pelo encalhe. Empresas especializadas em comércio marítimo estimam que, no total, as perdas econômicas direta ou indiretamente ligadas ao encalhe passem de R$ 300 bilhões.
A operação para liberar a embarcação durou 5 dias e mobilizou retroescavadeiras e equipamentos de dragagem, um grupo de rebocadores e a retirada parcial do peso da embarcação para tentar facilitar o delicado trabalho de engenharia.
O Ever Given encalhou na manhã do dia 23 em meio a ventos fortes e uma tempestade de areia que afetou sua visibilidade, bloqueando uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo, forçando empresas a redirecionarem navios, o que causa longos congestionamentos.
Fonte: uol


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