Jornal de Brasília
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Celebrado neste domingo (21), o aniversário de 59 anos de Brasília é marcado pelas festividades culturais que acontecem no centro da capital. Dentre estas, estão as apresentações realizadas por artistas brasilienses. Em parceria com a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, a Associação dos Defensores de Cultura Regional (ADCR) buscou promover, nesta data, uma maior valorização a estes profissionais. Na Esplanada dos Ministérios, alguns eventos como shows musicais, apresentação de capoeira e show de mágica para crianças, são realizados especialmente por artistas candangos.
Próximo ao Museu Nacional, o Palco Brasília é ambiente para shows realizados por estes músicos locais. Desde às 10h até às 22h30, doze aristas se apresentam para o público brasiliense presente na festa. Dentre os destaques, estão o grupo Dona Cislene e a famosa banda do final dos anos 1970, Aborto Elétrico.
Pela manhã, na área para crianças, brinquedos infláveis, apresentação de capoeira e show de mágica chamaram atenção do público. Nas proximidades do Museu Nacional, o grupo Kilombrasília, do Instituto Mãe África, se apresentou pela 9ª vez no aniversário da cidade.
Para o Mestre Mancha, 40 anos, que comanda o grupo, participar mais uma vez deste evento é algo de grande importância para os capoeiristas. “É importante para divulgar a capoeira, divulgar o nosso trabalho que fazemos nas cidades satélites, além de trazer algo de importante da nossa capital, trazer essa cultura e apresentá-la aqui”, afirmou.
Já bastante conhecido pelo seu trabalho, André Freire, 50 anos, o famoso “Tio André”, é mágico há 34 anos e já se apresentou para crianças em festas anteriores do aniversário de Brasília. Ele conta que devido a uma “grande burocracia” que teve que passar em outras ocasiões para participar do evento, estava há pelo menos dez anos sem se apresentar no aniversário da capital. Agora, nesta comemoração de 59 anos, ele relata que voltou a fazer seu show com muita alegria. “Eu fiquei muitos anos vindo, aí depois burocratizou mais e não tinha mais como. Então agora eu estou muito feliz de poder voltar, nós estamos emocionados”, disse.
Para ele, atualmente há uma maior valorização ao artista por parte do evento, uma vez que considera que está mais fácil para que estes possam participar. “Nós temos muita dificuldade de, sozinhos, conseguirmos participar aqui. A documentação é uma pilha de coisas, então desistimos de participar nas outras vezes. Fiquei dez anos de jejum porque a burocracia era muito difícil. Graças a essa associação [ADCR], agora nós temos essa oportunidade, porque eles fazem toda essa parte para a gente”, comentou.
De acordo com Arkson Rangel, presidente da ADCR, atualmente, é necessária uma entidade para cuidar das questões que envolvem os artistas nestes eventos. “Aos artistas de Brasília, nos coube essa responsabilidade e nos sentimos agraciados por isso. Antes o governo tinha dificuldade de contratar pela Lei de Licitações. Tinha uma necessidade do artista ter produtor, por exemplo, então quem era independente não tinha espaço. Agora nós conseguimos facilitar tudo isso para eles”, contou.
Dia para passeio
Para festejar o evento, ao menos 15 mil pessoas estiveram presente na Esplanada pela parte da manhã. Sasha Habu, 45 anos, e o marido Eduardo Rocha, 46 anos, moram em Brasília há dois anos. Neste domingo, o casal foi participar do aniversário da capital pela primeira vez e consideram que o passeio valeu a pena. “É a primeira vez que a gente vem até aqui na Esplanada e estamos trazendo a minha sogra para passear também, porque ela não mora aqui”, contou Sasha. “Vamos no show da Anitta mais tarde mas agora viemos mesmo para ver a Esquadrilha da Fumaça, que é bem legal. Foi o que fez a a gente acordar cedo mesmo”, disse Eduardo.
Para a brasiliense Adriana Aguiar, 43 anos, “é importante prestigiar o aniversário da cidade”. Acompanhada da filha, Mariana Gomes Aguiar, 9 anos, do companheiro, Rafael Merlim, 41 anos, e do enteado, Gabriel de Oliveira Merlim, ela esteve pela manhã na Esplanada para assistir à Esquadrilha da Fumaça. “Viemos para eles guardarem na memória este momento que achamos que é especial. Viemos dar uma passeada e ver especialmente a Esquadrilha da Fumaça, porque a gente acha muito importante prestigiar o aniversário de Brasília, trazer eles para assistirem”, considerou.
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FONTE: R7

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